data-filename="retriever" style="width: 100%;">Vamos pensar o Brasil em todos os tempos. O que foi o Brasil nos últimos 50 anos, pelo menos, e como nos encontramos hoje. Olhando para trás vamos perceber que se é verdade que acompanhamos os demais países do planeta em alguns setores do desenvolvimento, também é verdade que não evoluímos, nem crescemos em outros setores, como no bem-estar social e na política. No bem-estar social, podemos parar um pouco para refletir em como estamos hoje e o quanto estamos evoluindo há muito tempo.
Esta semana foi publicada uma notícia estarrecedora: 18 milhões de brasileiros têm problemas para se alimentar. Ou seja, consomem menos calorias do que precisam e sua alimentação tem défice. Se falarmos em pessoas que passam fome no Brasil, esse número, sendo otimista, chega perto de 10% da população. É muita gente. Isso só não é mais assustador pelas campanhas comunitárias que são levadas a efeito como os sopões, restaurantes populares, utilização das sobras de alimentos, etc. Os governos, todos que se seguiram, não trazem resultados eficientes a médio e longo prazo.
É verdade que se tem fornecido Bolsa-Família e Auxílio Brasil, como formas paliativas para evitar que morram, mas isso representa um valor irrisório. Ninguém acredita que possam se alimentar com o mínimo necessário de calorias para garantir segurança alimentar. Isso vem se agravando a cada ano e não se vislumbra alternativas para uma solução melhor. Convém aos governos submeterem essas pessoas a uma "esmola" mensal. Isso não é solução, nem início para uma, e onera cada vez mais a sociedade, que é quem paga esse ônus com os recursos tributários.
Deve pagar, certamente que sim, mas como medida provisória até que se coloque essas pessoas no círculo produtivo, seja pela educação ou pela criação de meios produtivos pelo pleno emprego com o crescimento do PIB e desenvolvimento industrial. Não podemos permanecer nesse estado de letargia esperando um milagre sem uma única ação para evitar uma catástrofe maior. Ao lado disso, presenciamos um momento político, repetido a cada ciclo eleitoral, sem nada que nos conforte. As manifestações dos pré-candidatos nos horários das inserções políticas no rádio e na TV e em reportagens e redes sociais são desanimadoras.
Não há nenhuma referência no campo das ideias, de propósitos, de projetos, de soluções que precisamos urgentemente antes que nos tornemos um país ainda pior. Tenho prestado atenção em tudo que dizem para imaginar como seremos no futuro. O que nos apresentam; que esperanças poderemos ter. Ouvi de um dos candidatos, no espaço das inserções eleitorais, que representava o povo. Havia nascido em favelas e deveria ser eleito porque ele, sim, representava o povo. Mas, se eleito, vai fazer o quê? O mesmo "projeto", com algumas variantes, se apresentam os demais candidatos. Autoproclamam-se os homens certos para dirigir a nação brasileira e se limitam a desmerecer os adversários; não ouvi, nem li, nada em relação a projetos para o país encontrar o seu caminho. Sair desse marasmo é urgente ou, a continuar assim, o nosso futuro está irreversivelmente comprometido. Temos que mudar, urgentemente.